Aqui estamos nós, símbolos da nova sociedade, tecnológica, eletrônica e pouco humana, conduzida cada dia mais pela luta do homem pela grandeza, pelos seus próprios e inescrupulosos recursos.
De nada adianta sermos poderosos, se nos falta ética e dignidade.
Vejo que ao longo da vida existem sinais de lucidez em nosso subconsciente, e fatos estão suficientemente espalhados pela nossa existência para que possamos recolhê-los e manter vivas nossas memórias, nossas boas memórias.
Grandes e refinados salões, damas vulgares ofertando sorrisos falsos, mentiras compartilhadas, pessoas dissimuladas. Por debaixo da fina seda esta a podridão da alma, junto com o doce beijo tem o néctar da maldade, por detrás dos belos olhos esta a mais pura visão da hipocrisia.
O abraço afetuoso deixa transbordar o ódio escondido em seus corações, o aperto da mão transmite livremente a febre da arrogância desmedida.(se é que para isto existe medida).
Como sobreviver ao caos humano?
Ao desfecho catastrófico de nossas vidas?
Como sair ileso do ataque avassalador dos predadores de caráter?
Como ser desumanamente humano em uma sociedade mesquinha?
Com o passar do tempo temos a opção de tirar a máscara, de saber quem somos, a quem deveríamos dar nosso perdão, e a quem pedir, quem são as pessoas que realmente devemos proteger e defender. Temos que romper o limite do que é feito por conveniência e do que necessariamente é preciso fazer, para podermos, em fim, entender o que acontece ao nosso redor.
Se esta máscara não cair, olharemos a essência de nossas vidas, para ver o que deixamos de legado ao mundo, e a nossa família, e veremos que a maior parte do que trabalhamos para construir está em ruínas, foram alicerçados em mentiras que tão somente alimentaram egos de poder.
Por: Sid Fontoura
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