É um método de análise bastante utilizado na ciência moderna, especialmente nas disciplinas exatas. Na filosofia, entre as correntes filosóficas, significa que os sentidos são os verdadeiros responsáveis por revelar a verdade, e não a razão.
Essa corrente filosófica acredita que o conhecimento advém das impressões dos sentidos, ou seja, nada é anterior à experiência (não existem ideias inatas). Abbagnano (2007, p. 377- 378) afirma que geralmente essa escola nega o caráter absoluto de verdade e defende que esta deve ser colocada à prova para ser corrigida ou abandonada. Constitui-se, juntamente com o racionalismo, a partir do século XVII, seus principais representantes são os ingleses Francis Bacon, John Locke e David Hume.
Uma proposição bastante interessante desta corrente, e amplamente utilizada na educação, é a de que o conhecimento só é construído porque é baseado na experiência. Popper, Lock, Hume e Kant são os maiores expoentes.
"A palavra empirismo é usada para classificar as propostas
surgidas no período da filosofia moderna (meados do século XV ao
século XVIII) que defendeu a construção de conhecimento com base
na experiência. A origem etimológica do nome dessa corrente de
pensamento é a palavra grega empeiria, que tem sentido muito próximo
ao de “experiência” em nossa língua.
Já entre os gregos
antigos, havia uma forma de tratamento chamada medicina empírica,
que consistia em raciocínios sobre a observação de casos
semelhantes. Esses médicos evitavam, nesse sentido, teorizar sobre
as causas das doenças.
As propostas que adotaram a experiência
como critério ou guia para a verdade, no período moderno, estiveram
próximas dessa perspectiva, por isso a importância da evidência e
da confirmação. Os principais pensadores viveram na Inglaterra
(John Locke, David Hume e George Berkeley), com alguns defensores
franceses, como Étienne Bonnot de Condillac."
A experiência de que tratam os empiristas não é simplesmente
uma situação vivenciada por uma pessoa, já que o estabelecimento
de conhecimento requer que as experiências possam ser confirmadas, e
isso envolveria, minimamente, que tal experiência possa ocorrer mais
de uma vez. Por tratar-se de um conhecimento adquirido por meio dos
sentidos, a preocupação com a certeza e a caracterização da
evidência são temas recorrentes. Por outro lado, já que se
investiga uma realidade mutável, coloca-se em questão a validade
dessas propostas.
A importância do mundo material para os
empiristas aproxima suas reflexões de teorias dos pensadores da
ciência experimental, que obteve muitos avanços no mesmo período.
Francis Bacon, considerado o fundador do método científico moderno,
deixa claro que a experiência é o elemento fundacional do
conhecimento. O conhecimento científico, em todo caso, só seria
alcançado após o afastamento das fontes de equívoco e engano,
nomeadas por ele como ídolos, e a aplicação de raciocínios
indutivos.

Comentários
Postar um comentário