Estamos deixando de ter amigos para ter contatos, conexões, redes, grupos e, mais recentemente, assistentes virtuais que nos ouvem sem julgamento”, conforme afirmou Ingrid Gerolimich, psicanalista, socióloga, documentarista e comentarista sobre temas da atualidade, com contribuições em veículos como Revista Cult, UOL, Revista Marie Claire, Fórum e Carta Capital, a recessão de amizade não é um acidente histórico, mas uma consequência da forma como vivemos e organizamos nossas prioridades. O tempo, bem escasso na lógica produtivista, é devorado pelo trabalho, pelas tarefas domésticas e pela manutenção da persona digital — deixando pouco espaço para a construção lenta e cuidadosa das amizades verdadeiras.
O filósofo Platão definiu a amizade como “a predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro”, Agostinho de Hipona afirmava que “o ser amigo nos funde na amizade do ser; os amigos são uma só alma” e Aristóteles parece fundir os dois pensamentos: “a amizade é uma alma com dois corpos”.
Pitágoras
falava de que era “amigo da filosofia”, assim surge a composição
de philos e sophia, ressaltou por um pensador contemporâneo: “A
intimidade entre amizade e filosofia é tão profunda que esta inclui
o philos, o amigo, no seu próprio nome e, como muitas vezes acontece
em toda proximidade excessiva, arrisca não conseguir distinguir-se”
(AGAMBEN, 2007, p. 1).
Foi Aristóteles em Ética a Nicómaco dedicou dois livros ao estudo da philia e da amizade, que definiu a amizade em três tipos: aquela por prazer, por interesse e a amizade verdadeira, a primeira é fácil de identificar por é a busca do prazer recíproco, a segunda por que são úteis entre si, e a terceira, é possível entre homens bons porque desejam o bem por si mesmo e não colocam o prazer nem o interesse acima da amizade.
Fonte para pesquisa:
https://blog.marcosmucheroni.pro.br/o-que-e-amizade-na-filosofia/

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