Falando Sobre Vaidade/ por Sid Fontoura



A palavra vaidade vem do latim vanitas, que significa qualidade do que é vão, fútil e ilusório. Já o dicionário define vaidade como presunção, frivolidade e orgulho injustificado. No fundo, a vaidade revela fragilidade, uma vez que o vaidoso vive em função da aprovação alheia.

Agostinho de Hipona, conhecido universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo( 354/430), nos alerta que a vaidade leva ao vazio e à separação de Deus. A busca por prestígio, por meios dos bens transitórios, apenas aumenta o sentimento de insatisfação e nos afasta da verdadeira felicidade, que só pode ser encontrada em Deus. O apego às glórias mundanas cria um desvio que impede a alma de atingir seu fim último: o repouso em Deus. “Não seja vã, ó minha alma, nem ensurdeças o ouvido do coração com o tumulto de tua vaidade.

Blaise Pascal, matemático, escritor, físico, inventor, filósofo e teólogo francês (1623/1662) em sua obra  Pensées, também reflete sobre a vaidade, considerando-a uma expressão da fraqueza e da miséria humana.

Para Friedrich Nietzsche. filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX ( 1884/1900), o sentimento mais vulnerável, e no entanto, o mais invencível é certamente a vaidade humana. Sua intensidade cresce mesmo quando a alma está ferida, e aos poucos torna-se gigantesca. Filosoficamente falando, a vaidade pode se referir a um senso mais amplo de egoísmo e orgulho.


 

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