A Dama e o Poeta - por Sid Fontoura


 

Há, minha linda amada,

ternura em teu olhar,

ao apreciares os versos,

que em meus devaneios dispersos,

dediquei somente a ti,

como um lampejo de paixão.


Bruma de angelical ternura

são teus olhos em meus livros.

Mas qual estrofe poderá encantar-te?

Qual refrão irá agradar-te?

Razão do meu querer,

que senão aquele,

que fale do amor?



Candura me são teus lábios,

ao recitares meu versos,

em um fluir de mansidão.

E creio eu, ser o tempo em vão,

como uma melodia perene

que entra como chama ardente,

como lâmina pungente,

em meu enamorado coração.




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