Quando penso em escrever sobre minhas histórias, sinto-me um tanto quanto egoísta, pois inevitavelmente ela passa pelas histórias de muitas pessoas, começando pela de meus pais, o apoio, o afeto, o conselho, o carinho, depois tem os professores, mestres inesquecíveis, os colegas de escola, as brincadeiras do recreio, a espera interminável pela sineta, e todos saíamos correndo para casa. O antigo casarão de madeira, a estrada de chão onde brincávamos, minha enferrujada bicicleta, agora abandonada ao lado do velho chalé. Minha infância, uma parte da minha história.
E a vida vai passando, tem gente que parte, mas não sem antes deixar sua história, assim como tem gente chegando, e trazendo sua história para fazer parte da minha. É como um baile de máscaras, onde rodamos pelo salão trocando de par a cada nova volta, com a melodia da vida que nos empurra para mais uma dança, mais um novo giro no salão. E lá vamos nós, mesmo quando choramos sozinhos, sorrindo para a multidão. Histórias que se cruzam, e deixam marcas para a vida toda.
Minha história, formada pelas histórias de muitas pessoas, colegas, amigos que não vejo mais, amores não correspondidos, abraços que em alguns momentos alegravam, em outros consolavam, tudo tão normal, e a vida segue a contar nossa história. Pessoas normais, pessoas como eu, como você, cada uma delas com seus problemas, seus sonhos, seus objetivos, e suas histórias.

Comentários
Postar um comentário